Os ataques vêm ocorrendo desde 2019. As plataformas da Anda já foram invadidas por diversas vezes e eles continuam sofrendo ameaças nas redes sociais
Por: Isabela Alves
A Agência de Notícias de Direitos Animais (Anda) e sua fundadora, a jornalista Silvana Andrade, vem sofrendo ataques cibernéticos devido ao seu posicionamento contra as novas medidas tomadas pelo Governo Federal.
Os projetos que a ONG é contra são aqueles que liberaram a caça, facilitaram a emissão do CAC (Certificado de Registro de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador), regulamentam a vaquejada, e incentivam o armamento, desmatamento, invasão de áreas indígenas e liberação de agrotóxicos.
Além das ameaças nas redes sociais, a jornalista foi vítima de uma intimidação física em 2019, quando teve seu carro acuado por outros veículos enquanto dirigia a Rodovia dos Bandeirantes após sair de uma palestra.
A sequência de ataques virtuais
No último dia 23 de setembro, ocorreu uma tentativa de invasão à conta de email da Agência de Notícias, o que exigiu mudança de senha para a retomada do acesso.
No dia 17 do mesmo mês, o site da entidade havia sido sequestrado e derrubado, com mudança de senha e login na conta do Registro.br. O site só foi recuperado 24 horas depois do ataque.
No mesmo dia houve a invasão das contas do Twitter e do Instagram. Apenas com a sua segunda rede que a ONG conseguiu recuperar o acesso. No Twitter, foi apagado todo o conteúdo.
Em fevereiro deste ano, o site da Anda foi invadido e ficou quatro dias fora do ar. Foram necessários cinco meses para recuperar o conteúdo deletado. O mesmo ocorreu com o canal do Youtube, onde saíram do ar vídeos que acumulavam 1 milhão de visualizações.
Em nota, o SJSP (Sindicato dos Jornalistas de São Paulo) e a Fenaj (Federação Nacional de Jornalistas) se colocaram à disposição da colega para as medidas políticas e judiciais que estiverem ao alcance das entidades, em defesa de sua atividade jornalística, da liberdade de expressão e contra o banditismo das redes, que busca impedir o acesso da população à informação.
Fonte: SJSP