Até novembro, foram registrados 504 casos de violência. O número apresenta o aumento de 11,3% nos ataques em relação ao ano passado
Por: Isabela Alves
Entre 1º de janeiro e 17 de novembro de 2022, 504 jornalistas brasileiros foram vítimas de ataques no Brasil. Os casos identificados representam um aumento de 11,3% em relação ao ano anterior, com 453 registros.
Isso significa que ocorrem 10,9 episódios de violência por semana, segundo os dados do monitoramento de ataques à imprensa, realizado pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji).
Das violações, 153 delas envolveram agressões físicas, intimidações, ameaças e destruição de equipamentos. Neste ano, também foram registrados dois assassinatos ligados à atividade jornalística: de Givanildo Oliveira, em fevereiro, e o de Dom Phillips, em junho.
30% dos ataques direcionados à imprensa estão relacionados às eleições. Apenas nos últimos dias de outubro e nas primeiras semanas de novembro, foram registrados 50 casos de hostilização.
Um dado alarmante aponta que 58% dos ataques foram feitos por atores políticos, forças policiais ou servidores públicos, enquanto 43,3% são de autores não são identificados. O segundo grupo é composto por internautas.
O monitoramento da Abraji também destacou a violência de gênero neste cenário, já que houve um aumento de 27,1% destes casos em relação a 2021. Os ataques atingem mulheres cisgênero heterossexuais, como também as comunicadoras que pertencem a comunidade LGBTQIAP+.
Fonte: Abraji