A Rede Nacional de Proteção repudia a expulsão do jornalista Guga Noblat da Câmara dos Deputados

A Rede Nacional de Proteção de Jornalistas e Comunicadores manifesta repúdio ao ato ocorrido no dia 11 de dezembro de 2024, quando o jornalista Guga Noblat, do ICL Notícias, foi expulso da Câmara dos Deputados, em Brasília, enquanto realizava um trabalho jornalístico. O incidente, que resultou na retirada do profissional e de seu cinegrafista dos corredores da Casa, ocorreu após uma interação entre o jornalista e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que teria dado a ordem para que a segurança tomasse essa medida.

Guga Noblat estava no exercício legítimo de sua profissão, entrevistando deputados para o programa Rolê ICL, no qual buscava promover uma abordagem descontraída e informativa sobre o cotidiano político, com um jogo de “amigo oculto” entre os parlamentares. A ação dos seguranças, que impediu o trabalho do jornalista e seu cinegrafista, além de caracterizar um desrespeito à liberdade de imprensa, coloca em risco os princípios democráticos que garantem a pluralidade de opiniões e a atuação do jornalismo independente.

A Rede de Proteção destaca que a atuação de jornalistas nas dependências de órgãos públicos, como a Câmara dos Deputados, deve ser respeitada como um direito fundamental, e qualquer ato que busque obstruir ou coagir o exercício da liberdade de imprensa é inadmissível. Situações como essa não podem ser consideradas banais e devem ser condenadas por toda a sociedade.

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