Rede de Proteção de Jornalistas e Comunicadores
Foto: Arquivo Pessoal Valério Luiz de Oliveira Filho / Reprodução Agência Pública

Acusados pelo assassinato do radialista Valério Luiz vão a júri popular 10 anos após o crime

O jornalista foi assassinado a tiros no dia 5 de julho de 2012 após ter feito fortes críticas sobre o Atlético Goianiense, time de futebol local

Por: Isabela Alves

Na próxima segunda-feira (14), ocorrerá o julgamento dos réus acusados pelo assassinato do radialista Valério Luiz de Oliveira, morto aos 49 anos. O caso será analisado por um júri popular no Plenário do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO). 

O jornalista foi assassinado a tiros no dia 5 de julho de 2012 enquanto saia do estúdio de rádio no qual trabalhava. Passada uma década desde o assassinato, o júri foi adiado duas vezes. 

Na primeira vez, o adiamento ocorreu em 2019, quando o juiz responsável pelo caso alegou que não haveria como comportar o julgamento devido à repercussão no local. O segundo adiamento ocorreu em junho de 2020 por conta da pandemia de Covid-19.

De acordo com o inquérito policial, o radialista que trabalhava para a Rádio Bandeirantes 820 AM foi assassinado após ter feito fortes críticas sobre o Atlético Goianiense, time de futebol local. 

Os cinco acusados do crime são: Maurício Sampaio, apontado como mandante; Urbano de Carvalho, acusado de contratar PM que teria matado Valério; Ademá Figueiredo, cabo da Polícia Militar acusado de ser contratado para matar o cronista; Marcus Vinícius Pereira Xavier, açougueiro, que teria participado do planejamento do crime; e Djalma da Silva, PM denunciado por atrapalhar as investigações.

A morte do jornalista marcou a quinta morte de um jornalista no Brasil daquele ano, ocorrendo após o assassinato de Décio Sá (Estado do Maranhão); Paulo Souza Filho (Simões Filho – BA), Paulo Rocaro (Ponta Porã, Mato Grosso do Sul), e Mario Randolph Marques Lopes (Rio de Janeiro). 

Em 2018, Ricardo Lewandowski, Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu manter a decisão do TJ-GO de mandar Maurício Sampaio a júri popular. Na época em que o crime ocorreu, Sampaio era vice-diretor do Atlético-GO. De acordo com o processo no site do Tribunal de Justiça de Goiás, os outros acusados estão soltos.

Fonte: Jornal Opção e G1 

Foto: Arquivo Pessoal Valério Luiz de Oliveira Filho / Agência Pública

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