Rede de Proteção de Jornalistas e Comunicadores

Brasil lidera ranking de jornalistas vitimados pela Covid-19

Levantamento da Fenaj aponta 278 mortes desde o início da pandemia

Em dossiê apresentado pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), o Brasil aparece como sendo o país onde o maior número de jornalistas foi perdido para a pandemia. O material é a terceira atualização do levantamento, que é realizado pelo Departamento de Saúde e Segurança da entidade. Desde o início da pandemia, soma 278 óbitos de profissionais da imprensa, sendo que 199 aconteceram nos sete primeiros meses deste ano.

Em média, no segundo trimestre, 28,4 mortes ocorreram mês a mês. O número representa quase uma morte a cada dia. Em 2020 – de abril a dezembro, a média mensal foi de 8,5 mortes. Os registros mantêm o Brasil como o país com o maior número de jornalistas vítimas da Covid-19 no mundo. Nacionalmente, São Paulo lidera o ranking com 38 mortes, seguido do Rio de Janeiro (29), Pará (23) e Paraná, com 21 casos.

O dado positivo é que o número de vítimas fatais da doença entre os jornalistas começou a cair a partir de maio e registrou queda significativa em julho, quando foram computados 17 casos. “É necessário, entretanto, aguardar os próximos meses para verificarmos se essa tendência de queda se consolida”, afirma o diretor da Fenaj, Norian Segatto, responsável pelo Dossiê. Para ele, a curva decrescente das mortes segue tendência nacional, efeito direto da vacinação da população.

A presidente da Fenaj, Maria José Braga, ressalta a importância da imunização da categoria e da manutenção de medidas sanitárias, como o distanciamento social, para a proteção da saúde dos jornalistas e a consequente consolidação da tendência de queda no número de casos de contaminação e de mortes. Segundo ela, é com profundo pesar que a entidade cumpre a tarefa de divulgar o número de vítimas fatais. “Fazemos a divulgação como alerta e como homenagem aos jornalistas que perderam a vida porque estavam trabalhando, cumprindo seu importante papel social”, disse.

É possível ter acesso ao dossiê completo ao acessar o link.

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