Após a reportagem, o jornalista e editor Thiago Domenici recebeu ameaças de violência física e de que as contas da Agência Pública seriam derrubadas das redes
Por: Isabela Alves
O jornalista Thiago Domenici, diretor e editor da Agência Pública, foi ameaçado após a publicação de uma reportagem de sua autoria que denuncia o uso de grupos no Telegram que fazem práticas criminosas.
O texto “’Matar e quebrar urnas’: evangélico líder de motociata incentiva crimes no Telegram” revela que o bolsonarista Jackson Vilar da Silva propôs uma espécie de “eleição paralela” em que iria provar a fraude das urnas.
Com a publicação da matéria, Villar passou a fazer ameaças de violência física e ofensas ao jornalista, prometendo inclusive que iria derrubar as contas da Agência Pública nas redes sociais.
Villar administra quatro grupos no Telegram com 225 mil membros, segundo a apuração da reportagem. Nas mensagens, ele usa os termos “quebrar esquerdistas no cacete” e “quebrar a urna eletrônica de pau”.
A matéria também revela que o bolsonarista organizou uma motociata em junho de 2021, onde discutiu o que iriam fazer caso o resultado da eleição fosse desfavorável para o candidato à presidência, Jair Bolsonaro (PL).
Em nota, a Abraji lamenta o ocorrido e aponta que este é mais um caso que se soma às diversas violações que os jornalistas vêm sofrendo durante a cobertura das eleições de 2022.
Fonte: Folha de São Paulo
Imagem: Marco Verch/Creative Commons