Um dia antes da demissão da jornalista Carol Romanini, o dono do Grupo RIC proibiu o uso de blusas vermelhas nos programas da televisão
Por: Isabela Alves
No dia 13 de setembro, a jornalista Carol Romanini, do Grupo RIC, rede afiliada da TV Record no Paraná, foi demitida após pedido do deputado bolsonarista Filipe Barros (PL).
De acordo com a FENAJ (Federação Nacional dos Jornalistas), o deputado tem forte influência na linha editorial da emissora e relacionou a jornalista às agressões sofridas por ele e sua equipe no último sábado (10).
Um dia antes da demissão da repórter, Leonardo Petrelli Neto, dono do Grupo RIC no Paraná, orientou os repórteres em um comunicado via whatsapp para não usarem as cores vermelho e bordô nos programas na televisão. A intenção é de não vincular a emissora às cores da campanha do ex-presidente Lula.
A proibição das roupas levantou suspeitas de que a jornalista foi demitida por motivações políticas. Em nota, a RIC TV afirma que a motivação da demissão foi estratégica, para adequar a grade do horário do almoço.
O caso está sendo investigado pelo Sindicato dos Jornalistas do Norte do Paraná e pelo Ministério Público do Paraná.
Em nota, a FENAJ afirma que o dono do Grupo RIC no Paraná, Leonardo Petrelli Neto, é ativo na campanha à reeleição do presidente Bolsonaro e que tem histórico de assédio nas eleições.
Fonte: Jornalistas Livres
Imagem: Reprodução RIC TV