Rede de Proteção de Jornalistas e Comunicadores
Imagem: George Milton/Pexels

Mulheres são maioria nas redações e presença de jornalistas negros cresce

Dado alarmante aponta que precarização do trabalho avançou nesta categoria: apenas 45,8% têm a carteira assinada

Por: Isabela Alves

As mulheres são maioria (58%) nas redações brasileiras e a presença de jornalistas negros cresceu de 23% para 30% entre 2012 e 2021. 

Os dados foram divulgados na pesquisa “Perfil dos Jornalistas Brasileiros (2021)”. O levantamento, produzido pela Rede de Pesquisa Trabalho e Identidade no Jornalismo (Retij), entrevistou mais de 7 mil profissionais e buscou traçar o perfil dos jornalistas brasileiros no começo da terceira década do século 21.

O estudo aponta que o aumento de profissionais negros (pardos/pretos) nas redações é um reflexo das ações afirmativas como as cotas nas universidades, ações por mais diversidade no mercado e autoidentificação impulsionada pelo avanço das lutas antirracistas na sociedade na última década.

A maioria das mulheres que atuam nas redações são brancas (68%) e solteiras (53%). No geral, a presença de jovens ainda é muito significativa, mas também houve um aumento de trabalhadores acima dos 41 anos. 

A renda média de 60% dos entrevistados é inferior a R$ 5,5 mil por mês e apenas 12% recebem acima de R$ 11 mil. Um dado alarmante foi que a precarização do trabalho avançou nesta categoria: apenas 45,8% têm a carteira assinada (CLT). 

A jornada de trabalho diária acima de 8 horas é a realidade para 42,2% dos profissionais. Os indicadores também apontaram uma deterioração da saúde de profissionais que têm jornada excessiva, baixos salários e problemas em relação ao vínculo trabalhista.

Para acessar o relatório completo, clique aqui. 

Fonte: FENAJ

Imagem: George Milton/Pexels

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