Imagem: Reprodução Amazônia Real/YouTube

Rede de Proteção manifesta preocupação com intimidação em terra indígena de Rondônia

A Rede Nacional de Proteção de Jornalistas e Comunicadores vem a público para repudiar e manifestar preocupação com a intimidação feita por invasores contra as indigenistas Txai Suruí, sua mãe Neidinha Suruí, lideranças do povo Uru-Eu-Wau-Wau, o artista Mundano e uma equipe de filmagem. O episódio aconteceu no último domingo, 14 de maio, na Terra Indígena Burareiro, em Rondônia.

O grupo com Txai Suruí registrava os males que a criação de gado feita na região acarreta na preservação das florestas. Enquanto faziam um desenho no pasto para denunciar o desmatamento, foi ameaçado por cerca de 50 homens que alegavam ser donos do território. Confira aqui imagens registradas por Neidinha Suruí no momento das intimidações.

Infelizmente, não se trata de um caso isolado. Atualmente, muitas terras indígenas aguardam a homologação e, enquanto o processo se arrasta, os recursos naturais são dilapidados pelos invasores e grileiros que destroem a floresta e ameaçam a sobrevivência dos povos indígenas.

Como se não bastasse, o estado de Rondônia vem sendo palco de uma série de ataques a jornalistas e comunicadores. Em menos de um semestre, ocorreram no mínimo 4 casos graves de violência a veículos de mídia e profissionais da imprensa. Mais informações podem ser vistas aqui.

Trata-se, portanto, de um cenário extremamente preocupante, que exige uma rápida resposta do poder público. Um país que realmente se preocupa em fortalecer e garantir a democracia para todos os seus cidadãos não pode conviver com tentativas tão violentas de cercear o trabalho de jornalistas e comunicadores.

Prestamos solidariedade a todos que sofreram a covarde intimidação ocorrida na Terra Indígena Burareiro; esperamos que as autoridades responsáveis investiguem de forma célere e transparente esse episódio e os outros casos de violência contra veículos de mídia e profissionais de imprensa registrados em Rondônia ao longo dos últimos meses.

Imagem: Reprodução Amazônia Real/YouTube

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