Rede Nacional de Proteção repudia assédio judicial enfrentado pelo comunicador Jailton Barbosa Matos

A Rede Nacional de Proteção de Jornalistas e Comunicadores vem a público manifestar seu veemente repúdio ao assédio judicial sistemático que o comunicador Jailton Barbosa Matos Andrade tem sofrido, na forma de múltiplos processos judiciais, tanto criminais quanto cíveis. Jailton, colunista de veículos de relevância como Brasil 247, Revista Fórum, Portal Vermelho, Laboratório Sekuela e criador do programa Debate Petroleiro, tem sido alvo de uma série de ações movidas, em sua maioria, pelo advogado Georges Louis Hage Humber, que visam, de forma clara, retaliar o conteúdo de suas reportagens e análises.

Jailton é um jornalista de destacada coragem, cuja atuação tem sido essencial para a exposição de temas centrais e, muitas vezes, desconfortáveis para setores poderosos da sociedade. Suas reportagens, que abordam questões como os conflitos fundiários no contexto da transição energética e o crescente envolvimento de agentes do setor turístico-imobiliário com práticas de grilagem e expropriação de terras públicas, são parte de um esforço legítimo para trazer à tona temas de interesse público e para questionar práticas que muitas vezes favorecem o lucro privado em detrimento do bem coletivo.

No entanto, em resposta à sua ousada atuação, Jailton está sendo alvo de uma perseguição judicial sem precedentes: seis processos criminais e sete ações cíveis, que não têm outra intenção a não ser intimidar e calar sua voz crítica. Essa estratégia de assédio judicial não é um incidente isolado, mas parte de um movimento mais amplo e preocupante de criminalização do jornalismo investigativo no Brasil. O uso abusivo do direito de litigar e a sobrecarga do sistema judiciário com processos sem fundamento, com o claro objetivo de silenciar aqueles que denunciam práticas ilegais ou antiéticas, é uma tática perversa de intimidação que coloca em risco a liberdade de expressão e o direito à informação.

É inaceitável que, em uma democracia, o exercício legítimo do jornalismo investigativo seja tratado como uma ameaça passível de ser combatida com a repressão judicial. O assédio judicial contra Jailton Barbosa Matos Andrade não apenas agride seu direito fundamental de livre expressão, mas representa um ataque direto à transparência e ao funcionamento adequado das instituições democráticas. O verdadeiro objetivo por trás dessas ações é o silenciamento de vozes críticas e a manutenção do Estado, o que nos remete a uma visão distorcida e autoritária da justiça.

Infelizmente, esse tipo de perseguição não é um caso isolado. Cada vez mais, jornalistas e comunicadores que se dedicam a expor as contradições do poder, a denunciar violações de direitos humanos e a investigar práticas ilícitas estão sendo alvo de intimidações, processos e até violência. O uso do aparato judicial como ferramenta de censura e perseguição política é uma ameaça grave e real à liberdade de imprensa e à democracia.

Reafirmamos, de forma irredutível, nosso compromisso com a defesa intransigente da liberdade de expressão, a proteção dos jornalistas e a luta contra qualquer tentativa de cercear a liberdade de imprensa. Exigimos, com urgência, das autoridades competentes a garantia da proteção de Jailton Barbosa Matos Andrade e o respeito pleno ao direito de todo jornalista de exercer sua profissão sem medo de represálias ou intimidações.

A Rede Nacional de Proteção de Jornalistas e Comunicadores está unida na luta contra todo e qualquer tipo de censura e perseguição, e reforça seu apoio a todos os jornalistas comprometidos com a verdade, a justiça e a ética profissional.A liberdade de imprensa não pode ser submetida à pressão de quem tem interesses a esconder.

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