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REDE NACIONAL DE PROTEÇÃO REPUDIA ATAQUES SOFRIDOS POR JORNALISTAS DURANTE COBERTURA DE JULGAMENTO DO STF

A Rede Nacional de Proteção de Jornalistas e Comunicadores vem a público manifestar seu profundo repúdio aos ataques pessoais, violentos e intimidatórios sofridos por jornalistas que, no exercício do seu trabalho, cobriram o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a tentativa de golpe de Estado perpetrada por agentes da extrema-direita brasileira. Entre os alvos desses ataques, destacam-se nomes como Paulo Motoryn, do The Intercept Brasil; Gabriela Biló e Thaísa Oliveira, da Folha de S. Paulo; e Juliana Dal Piva e Guilherme Amado, do ICL, entre outros.

É importante reiterar que discordar de jornalistas e suas opiniões é um direito legítimo e essencial para a dinâmica de qualquer sociedade plural e democrática. No entanto, é absolutamente inaceitável que essa discordância se transforme em ataques pessoais e violentos, que visam intimidar, silenciar ou interditar o debate público. Tais ações não apenas desrespeitam a liberdade de expressão, mas buscam calar aqueles que têm a missão de informar a sociedade e garantir o direito à informação.

O jornalismo é uma atividade central para o funcionamento saudável de uma democracia. Os ataques a jornalistas mencionados configuram uma nova ofensiva contra a democracia, em uma clara tentativa de silenciar vozes dissonantes e impedir o pleno exercício da liberdade de imprensa. Lamentavelmente, esses ataques partem, em sua maioria, de agentes diretamente envolvidos ou que apoiaram a tentativa de ruptura democrática, agora sob análise do Supremo Tribunal Federal. Por isso, é fundamental que a Suprema Corte brasileira assuma a responsabilidade de enfrentar essa verdadeira frente de ataque à democracia, não permitindo que a impunidade prevaleça.

Como uma articulação da sociedade civil comprometida com a defesa da liberdade de expressão e da liberdade de imprensa, a Rede de Proteção expressa sua enorme preocupação com os ataques direcionados aos jornalistas que atuam em defesa da verdade e da transparência. Reafirmamos nosso compromisso com a democracia e com o direito constitucional dos jornalistas de exercerem suas atividades de forma independente, sem receio de represálias ou ameaças.

Estamos acompanhando de perto alguns dos casos mencionados e atuando de maneira decisiva para garantir que tais ataques sejam interrompidos. Nosso trabalho contínuo visa assegurar que os jornalistas possam exercer sua profissão com a independência, a segurança e a liberdade necessárias para o pleno cumprimento de seu papel na sociedade.

Seguiremos firmes na defesa da democracia, da liberdade de imprensa e do direito à informação. Não permitiremos que o ataque àqueles que buscam relatar a verdade prevaleça sobre os princípios fundamentais que sustentam nosso Estado democrático de direito.

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