Monitoramento da Abraji apontou que 64,3% dos ataques estavam diretamente relacionados à cobertura eleitoral
Por: Isabela Alves
A cobertura das eleições foi marcada pelas agressões contra mulheres jornalistas. Apenas em setembro, houve o registro de 28 casos de ataques, um aumento de 250% em comparação ao mês anterior. A média é de um caso por dia.
Esse número também representa um terço do total de casos contra comunicadoras registrados ao longo do ano, com o aumento de 47,7% em relação a setembro de 2021. Os dados são de um monitoramento da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo).
64,3% dos ataques estavam diretamente relacionados à cobertura eleitoral e metade das agressões tiveram a participação de agentes políticos e estatais.
Em 67,9% dos episódios em setembro, as vítimas sofreram com discursos estigmatizantes. Outro dado importante aponta que 64,3% dos casos tiveram origem ou repercussão no ambiente online.
Dos casos que vitimaram mulheres em setembro, 39,3% foram classificados como situações de transfobia, homofobia e comentários ou comportamentos explicitamente machistas também foram registrados.
Fonte: UOL
Imagem: Marcos Correa/PR/Agência Brasil/Via Vermelho